
Durante coletiva com a imprensa local, a secretária municipal de Saúde de Rondonópolis, Tânia Balbinotti, abordou com clareza e firmeza a situação crítica enfrentada pela Santa Casa de Misericórdia do município. O hospital, referência em alta complexidade nas regiões sul e sudeste de Mato Grosso, enfrenta uma paralisação dos serviços, que tem refletido significativamente no município.
Segundo Balbinotti, a administração quer e precisa ajudar a resolver a situação para que os pacientes não sofram. “A gente sai daqui bastante otimista. A secretária não está omissa, está atenta ao que está acontecendo”, afirmou ela, destacando que o município reconhece a importância do hospital e está mobilizado para buscar soluções.
Tânia foi enfática ao lembrar que a maior parte dos atendimentos realizados pela Santa Casa — cerca de 80% a 90% — são de responsabilidade do Estado, devido à sua complexidade. Mesmo assim, o município tem buscado formas de auxiliar financeiramente a instituição, inclusive com a decisão do prefeito Cláudio de pagar mais uma tabela SUS para os serviços da maternidade. “Temos que pagar um valor minimamente correto para o nosso fornecedor”, pontuou.
A secretária também destacou a necessidade de fiscalizar o uso de recursos públicos, especialmente, de emendas parlamentares. “O dinheiro público precisa de transparência. A Santa Casa já apresentou um plano, mas ele deve ser debatido com a Secretaria de Saúde e com o Governo do Estado”, disse. Ela garantiu que qualquer recurso recebido será rigorosamente acompanhado e auditado. “Custeio é uma coisa, investimento é outra. E hoje o que precisamos é de recursos para custeio”.
Diante do colapso iminente, Balbinotti convocou uma grande reunião com representantes do Ministério Público, OAB, Câmara Municipal e outras instituições, com o objetivo de solicitar apoio dos parlamentares na destinação de emendas emergenciais à Santa Casa. “Não temos plano A, B ou C. O que precisamos é que os profissionais voltem a trabalhar. Temos pessoas esperando atendimento hoje”.
A secretária também alertou para a chegada de surtos de doenças respiratórias com a mudança de estação, o que pode agravar ainda mais o cenário. “Muitas crianças vão precisar de UTI e essas UTIs estão na Santa Casa. A situação é grave, mas estamos enfrentando com responsabilidade”, disse.
Apesar das dificuldades, Tânia Balbinotti demonstrou conhecimento técnico, serenidade e um forte compromisso com a população. “Essa gestão tem enfrentado muitas bombas. Estamos enfrentando todas elas de forma séria e rápida. A paralisação do Hospital Santa Casa é mais uma delas e tenho certeza que, assim como as outras, vamos encontrar uma solução”, destacou.
A secretária encerrou a coletiva agradecendo à população e reiterando a importância de preservar o atendimento de saúde na cidade e na região. “O plano A, B, C ou Z é a saúde da população. Isso não pode esperar.”